No “memórias do transporte” de hoje, nós mostramos um pouco da história do Trem de Doido, expressão que é usada até os dias atuais.
Na primeira metade do século passado, trens de todas as partes do Brasil chegavam a Barbacena. A “carga” nos enormes vagões, eram de pacientes do Hospital Colônia, instituição marcada pela morte de cerca de 60 mil pessoas.
Em uma rede social, o perfil Fotos de Fatos, trouxe um pouco dessa história e a origem da expressão “trem de doido”. Confira abaixo:
Você sabe o que foi o Holocausto Brasileiro?
O Hospital Colônia, em Barbacena/MG, foi responsável pela morte de 60 mil pacientes, dos quais 70% sequer foram diagnosticados com doenças mentais.
A origem da expressão “trem de doido”, que hoje tem conotação positiva em Minas Gerais, tem origem na primeira metade do século passado, quando trens de todas as partes do Brasil chegavam a Barbacena.
Eles levavam, em grandes vagões de carga, os pacientes do Hospital Colônia, instituição responsável pela morte de cerca de 60 mil pessoas.
À época em que houve o maior número de mortes, entre os anos 1960 e 1970, a situação do hospital ganhou o apelido de “Holocausto Brasileiro”.
Fundado em 1903, com capacidade para 200 leitos, a instituição começou a inchar em 1930 e atingiu o status de maior hospício do país durante o Estado Novo.
Àquela altura, a clínica e a medicina não eram preocupações para a administração do hospital. Para o Colônia, eram enviadas “pessoas não agradáveis” como adversários políticos, prostitutas, homossexuais, mendigos, pessoas sem documentos e todo tipo de párias sociais. Estima-se que 70% dos pacientes não tinham diagnóstico de doença mental.
Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia.
Em sua maioria, elas eram internadas à força. Nos períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam a cada dia, vítimas de inanição e do eletrochoque. Ao morrer, davam lucro, pois seus corpos eram vendidos às faculdades de medicina.
Foram 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980. Quando houve excesso de cadáveres e o mercado encolheu, os corpos foram decompostos em ácido, no pátio da Colônia, diante dos pacientes, e suas ossadas foram comercializadas”.
A casa funciona até hoje sob a administração da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) e conta com 160 pacientes daquela época. Em 1996, em memória às vitimas do Colônia, foi inaugurado o Museu da Loucura, no núcleo do hospital.
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