17 de outubro de 1972. Há exatos 50 anos, a Companhia do Metrô de São Paulo iniciou os trabalhos de escavação do trecho da futura Linha Norte-Sul sob o Centro de São Paulo utilizando tuneladoras SHIELD, que na época os bem-humorados paulistanos apelidaram de TATUZÃO.
A inédita construção de 2.620 metros de túneis de passagem dos trens pelas tuneladoras constitui-se em um marco da Engenharia Nacional. Uma das máquinas contava com uma roda de corte de 6,20m de diâmetro.
Este equipamento partiu do poço de serviço Prestes Maia em direção à futura estação Luz. O poço de serviço Prestes Maia, nas proximidades número 400 desta avenida, foi o ponto de partida das quatro máquinas shields, duas Calweld, de fabricação americana, e duas Bade, de fabricação alemã, que construíram os túneis de passagens de trens sob o Centro Histórico e financeiro da Capital.
As máquinas americanas escavaram sob o leito da Avenida Prestes Maia em direção à futura estação Luz do Metrô, onde foram arrastadas para prosseguir as escavações até o poço de obras da Avenida Tiradentes, ao lado da Pinacoteca. As máquinas alemãs saíram do Poço Prestes Maia em direção à futura estação São Bento, onde foram arrastadas para as escavações sob o leito da Rua Boa Vista, em direção à futura estação Sé, e depois para poço Largo Sete de Setembro, na Praça João Mendes.
Em alguns pontos, foram necessários o uso de injeções químicas para garantir a estabilidade do solo para o avanço das escavações, bem como reforços na fundação de alguns prédios para garantir o avanço seguro das escavações com as máquinas.
Os trabalhos duraram dois anos e nenhum incidente foi registrado graças ao empenho dos engenheiros, técnicos e operários que atuaram na pioneira obra metroviária