Secretário revela erros graves no projeto do monotrilho da linha 15-Prata

Baldy revelou os erros do projeto da linha 15-Prata que subestimou o aumento da demanda, e a projeto dos trens em suportar esse aumento.

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, revelou durante uma entrevista ao programa 90 minutos da Rádio Bandeirantes, que a Bombardier reconheceu que o monotrilho da linha 15-Prata tem um erro de projeto nos trens quanto à possibilidade de suportar a demanda.

Durante a entrevista, Baldy deu a entender que o consórcio CEML, formado pelas empresas OAS, Queiroz Galvão e Bombardier, subestimou o impacto do aumento da demanda do monotrilho, que praticamente quadruplicou num intervalo curto, de apenas um ano.

Segundo Baldy, o relatório preliminar apresentado pela fabricante canadense apontou a necessidade da troca de peças nos conjuntos de rodas, mas sem detalhar quais componentes não suportaram a carga mais elevada de passageiros nos trens do monotrilho.

Também foram encontrados 195 pontos na via que precisaram sofrer intervenções. Por isso, foi necessária a troca de peças que compõem o jogo de rodas dos 27 trens que operam na linha. Tal ação acabou reconhecendo que o projeto não estava “adequado”.

Monotrilho já pode voltar a funcionar parcialmente

Baldy chegou a ser questionado sobre a demora para retomar a operação do monotrilho e explicou que a linha já pode funcionar parcialmente. Entretanto, com as medidas de contingenciamento social e o afastamento dos funcionários do Metrô que fazem parte do grupo de risco, causados pelo novo coronavírus (Covid-19), esta ação foi adiada.

O monotrilho está fechado há quase dois meses e os passageiros estão sendo atendidos, desde então, por ônibus do Paese entre as estações Vila Prudente e São Mateus.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:

Transporte sobre trilhos

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