abril 27, 2024

Nesta segunda-feira, 7 de janeiro, a tarifa básica dos ônibus na cidade de São Paulo foi reajustada e passou de R$ 4,00 para R$ 4,30. A justificativa da Prefeitura de São Paulo é de que o percentual de aumento foi baseado na inflação acumulada nos últimos três anos, de 13,06% segundo o Índice de Preços ao Consumidor – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, considerando que em 2016 e 2017 a tarifa se manteve no valor de R$ 3,80, e que em 2018 o aumento foi ”abaixo da inflação”. O aumento de 7,5%, portanto seria para ”reduzir o desequilíbrio do sistema”.

Segundo dados apontados pelo jornal O Estado de São Paulo, o cálculo da prefeitura ”compensa” a inflação desde 2015, e não desde o ano seguinte, como afirmou ter feito. Isso porque em 2015, a passagem estava em R$ 3,50, valor que corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, chega a R$ 4,29. Isso se a compensação considerasse somente os últimos três anos, a tarifa deveria ser de R$ 4,25.

Se levarmos em conta a inflação acumulada desde janeiro de 2018, quando foi feito o último aumento, o reajuste deste ano ficou acima da inflação. Considerando apenas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumulado, a tarifa deveria ficar em R$ 4,15, já que as projeções do Banco Central para a inflação no período é de 3,6%.

Esse valor inclusive foi tema de discussão entre a equipe do ex-governador de São Paulo, Márcio França, e a do atual governador João Doria. Enquanto o ex-governador defendia que o aumento deveria ser feito apenas pela inflação dos últimos 12 meses, o que daria o valor de R$ 4,18, sendo arrendondada para R$ 4,15, a equipe de João Doria queria um valor mais alto, girando em torno de R$ 4,25 para ”repor parte do congelamento praticado nos anos anteriores”.

Os cálculos vão ainda mais além. Entre 2004 e 2018, se todos os reajustes que a tarifa sofreu tivessem sido corrigidos apenas pela inflação, seu preço atual deveria ser de R$ 3,82, ou seja, bem abaixo dos atuais R$ 4,30. Destacamos os valores desde 2004, pois foi o ano em que foi criado o Bilhete Único.

Para explicar o aumento da tarifa acima da inflação podemos citar dois ”argumentos”. Confira abaixo:

O primeiro é de que, desde 2014, existem novos tipos de gratuidades para idosos e estudantes, fazendo com que o custo desses passageiros sejam divididos entre os demais usuários do sistema.

O segundo é de que, não existe mais concorrência no setor, visto que há pelo menos cinco anos a prefeitura da cidade de São Paulo tenta emplacar uma nova licitação para troca das empresas que prestam serviços na capital, entretanto, até o momento não deu certo.

A Prefeitura de São Paulo planeja lançar ainda no primeiro semestre a nova licitação dos ônibus na capital paulista.

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Igor Roberto

Graduando em Direito, formado em Enfermagem e Gestão Pública. É o criador do Rede Noticiando e escreve sobre temas relacionados à mobilidade urbana no Estado de São Paulo. Quer entrar em contato com o Igor? Envie um e-mail para [email protected]
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