A futura Linha 6-Laranja de metrô ganhou mais um capítulo, na novela que se arrasta para saber afinal, quem irá ficar com o projeto e dar andamento as obras deste ramal?!
Em uma grande reviravolta nos últimos dia, o grupo espanhol Acciona se tornou o favorito a comprar a concessão da linha 6, do consórcio Move São Paulo. De acordo com a revista Valor, o negócio, considerando as dívidas, é superior a R$ 1 bilhão.
As negociações, porém, correm contra o tempo. As partes precisam de consenso ao menos para um memorando preliminar de entendimentos. O consórcio tem até o fim do dia de hoje para levar o documento ao governo de São Paulo, para evitar a caducidade do contrato de concessão.Fontes próximas ao governo paulista disseram ao Valor que, sem uma sinalização concreta da venda, não haverá prorrogação do prazo, e o contrato será anulado.O avanço dos espanhóis representa uma mudança de rumo para o futuro da Linha 6, que terá 15,3 de quilômetros de extensão e ligará a Brasilândia, na zona Norte, até a região central da cidade, na estação São Joaquim. Até pouco menos de duas semanas, os chineses da CR20 estavam liderando as tratativas e em vias de assinar um acordo final para a transação, mas as conversas perderam ritmo com mudanças em questões contratuais não previstas, segundo fontes próximas ao tema.
Anteriormente, dava-se como certa que a minuta de contrato com a CR20 já estava em andamento, porém, ela voltou completamente “rabiscada” e cheia de alterações. Após isso, a Acciona, que já estava afastada das conversas, ressurgiu e com força.
O consórcio Move São Paulo reúne a Odebrecht TransPort (OTP), em sociedade com a Mitsui, a UTC e a Queiroz Galvão. Cada um possui 1/3 da concessão. A OTP, porém, tem cerca de 8% do negócio todo, por meio de participações indiretas.
Corrida contra o tempo
O consórcio Move São Paulo luta contra o tempo, em duas frentes de conversas simultâneas. O grupo não desistiu de alinhar as questões com a CR20. Contudo, houve uma convergência entre as visões com os espanhóis.Caso o acordo preliminar seja firmado, a expectativa é que a operação seja oficializada em até três meses. Nesse período, haveria nova rodada de negociação, inclusive com o governo, que já demonstrou disposição em rediscutir os prazos com o novo controlador.
Linha 6-Laranja
A Linha 6-Laranja de metrô é prevista para ligar a Vila Brasilândia, na zona noroeste, a São Joaquim, na região central da cidade de São Paulo.
As obras estavam sendo tocadas pelo consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, mas por problemas financeiros e de imagem, por causa do envolvimento das construtoras nos crimes investigados pela Operação Lava Jato em 2016, as obras acabaram sendo paralisadas.
A expectativa é que a situação da linha 6-Laranja seja definida ainda este ano. A gestão Doria espera ainda, retomar as obras em 2020.
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