Entenda por que as pessoas normalmente não se limitam a apenas uma tatuagem
Se você é uma pessoa tatuada ou ao menos tem amigos e familiares que são, essa pergunta já rondou a sua mente: por que pessoas que têm tatuagens estão sempre buscando fazer novos desenhos? Afinal, isso pode se caracterizar como um vício?
Esse pode ser o questionamento de muitas pessoas, sobretudo porque a prática se confirma para a maior parte dos tatuados. Mas a dúvida é pertinente: será mesmo que fazer tatuagens vicia?
Primeiro, um contexto da história da tatuagem
A tatuagem sempre esteve presente na cultura humana, e os registros mais antigos datam do Egito Antigo, entre 2000 e 4000 a.C., mas outras culturas também adotaram as tatuagens em algum momento da história, como maoris, ainus e povos das Américas.
Nesse contexto, a tatuagem poderia ter dois significados: um sentido religioso ou um sentido social, como a passagem da infância para a fase adulta, grandes feitos em batalha ou um status social dentro daquela população.
Com o passar do tempo, no entanto, algumas culturas reverteram esse sentido para algo que não era moralmente aceito ou que era uma prática de bárbaros e pagãos – e aqui reside boa parte do preconceito em torno das tatuagens.
Mas, cientificamente falando, tatuagem vicia?
Antes de entender se o processo dos desenhos vicia, de fato, é necessário entender o que o vício significa (e como identificá-lo).
O vício, em seu sentido geral, é uma patologia comportamental com hábitos associados à psicologia humana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) o descreve como uma doença física e psicoemocional. No caso do vício físico, ele se enquadra na dependência de determinados produtos químicos que modificam a estrutura biológica do cérebro, causando felicidade, relaxamento ou euforia. A ausência deles, por outro lado, causa reações físicas e emocionais da abstinência.
Agora, comparando com o ato de tatuar, a dor sentida quando as agulhas furam a pele libera de forma colateral um pouco de endorfina, o hormônio que dá a sensação de prazer. Isso, a bem da verdade, acontece em qualquer sensação de dor física.
No entanto, o efeito de prazer da tatuagem é diferente, bem mais psicológico do que físico: a felicidade não vem pela dor das agulhas, mas porque a pessoa eternizou na pele algo que gosta ou uma homenagem de qualquer tipo, fora o sentimento de pertencimento a um grupo.
E aí, sim: esse sentimento de prazer, de melhorar a aparência estética e de pertencer a um grupo pode, sim, ser “viciante”, no sentido de ser prazeroso, mas não no sentido médico de dependência.
Quero fazer uma tatuagem, mas tenho receio
Existem muitos fatores para se considerar antes de fazer uma tatuagem. Por ser permanente – embora existam métodos de remoção caros e muito dolorosos –, o ato de se tatuar normalmente eleva os níveis de exigência das pessoas. É preciso pensar muito a respeito, analisar a imagem que decidiu fazer com cuidado (principalmente se ela pode representar algo pejorativo ou ofensivo) e, o mais importante, conhecer muito bem o profissional tatuador.É indicado procurar grandes estúdios ou profissionais reconhecidos na área, até mesmo uma consulta de CNPJ é válida para se certificar de que o lugar é correto e segue as normas de conduta e higiene. A comunicação deve ser clara e franca para não sobrar nenhuma dúvida tanto sobre a imagem quanto sobre o procedimento para fazer e depois de cuidar da tatuagem.
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