abril 18, 2024

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo admitiu o atraso no pagamento a fornecedores do Metrô e afirma que há dificuldade para manter serviços fundamentais, como a limpeza dos trens. As informações são da repórter Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes.

De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, a situação piorou em junho, após quase quatro meses do começo da quarentena, que levou a uma redução drástica do número de passageiros.

Metrô de São Paulo

A Rádio Bandeirantes conversou com um empresário que fornece mão de obra administrativa ao Metrô de São Paulo.

Ele conta que os 30 funcionários dele que atuam na companhia continuam o trabalho presencial para manter o sistema da empresa atualizado. Mas, desde abril, ele enfrenta dificuldades com o atraso dos pagamentos.

O empresário pede para não se identificar por medo de represálias. “Quando chegou no mês de abril, começou a atrasar em 30 dias. Tem documentos que chegam, tem coisa que sai, coisas que tem que digitar. Tem o mínimo que funciona para os metroviários poderem fazer home office. Esse que é o drama, metroviário vai para home office e outros terceiros ficam ralando e sem receber”, comenta.

Tivemos acesso a notas fiscais e trocas de mensagens com o Metrô que mostram a renegociação dos pagamentos de R$ 115 mil mensais.

O empresário afirma que recebeu a sugestão da Companhia do Metropolitano para recorrer a empréstimos e que tem conhecimento de, pelo menos, mais sete contratos de serviços que estão com repasses atrasados, desde portaria até segurança: “Disseram para tentar arrumar um empréstimo para não atrasar os funcionários, para não prejudicar o Metrô”, afirma.

Desequilíbrio de contas

O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirma que a queda brusca de passageiros desequilibrou as contas: “Nós temos sempre trabalhado com os fornecedores para reduzir 70% da folha de pagamento, onde o governo ajudaria a complementar e não pagar o FGTS, entre outras medidas. Fizemos no decorrer do mês de julho, a reivindicação a secretaria do planejamento de, pelo menos, R$ 140 milhões para quitar todas as responsabilidades, como obras, prestadores de serviços, mas foi autorizado apenas R$ 50 milhões, quase um terço daquilo que era necessário para cumprir com as obrigações que estão em atraso”, conta.

Alexandre Baldy diz ainda que a situação financeira do Metrô piorou em junho e há uma preocupação com a manutenção de serviços como a limpeza dos trens e até a continuidade de obras: “É uma preocupação comprometer, por exemplo, o contrato de limpeza, os custos aumentaram bastante porque precisamos higienizar as superfícies onde as pessoas tocam e sentam, várias vezes ao dia e nós estamos tendo dificuldade em pagar”, diz.

Aumento da tarifa

O secretário de Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy diz que não há nenhuma discussão para o aumento da tarifa como maneira de compensar as perdas provocadas pela crise.

Entre as medidas para reduzir custos, o Metrô anunciou neste mês que vai desocupar três prédios da empresa, dois alugados e um próprio, e vai manter 600 funcionários de áreas administrativas em home office definitivo.

*Com informações do Metro Jornal e da Rádio Bandeirantes

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Igor Roberto

Graduando em Direito, formado em Enfermagem e Gestão Pública. É o criador do Rede Noticiando e escreve sobre temas relacionados à mobilidade urbana no Estado de São Paulo. Quer entrar em contato com o Igor? Envie um e-mail para [email protected]
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