Para combater fraudes, Prefeitura de São Paulo impõe limite de recarga em Bilhetes Únicos antigos

Para combater fraudes, Prefeitura de São Paulo impõe limite de recarga em Bilhetes Únicos antigos
Terminal Guarapiranga (Foto: Espaço Multibanco)

Nesta quarta-feira, 30 de janeiro, a Prefeitura de São Paulo publicou uma portaria que autoriza o cancelamento de cartões do Bilhete Único em caso de fraude e impõe novos limites de recarga.

A medida passa a valer já a partir da próxima sexta-feira, 1° de fevereiro, e tem como objetivo restringir o acesso de fraudadores do cartão e a comercialização irregular de créditos e cartões, pratica criminosa que onera o sistema de transporte.

Para evitar novas fraudes serão impostos limites de crédito para a recarga de alguns tipos de cartões. A medida será válida para os Bilhetes Únicos comuns, que não são personalizados, ou seja, que não possui dados pessoais, para o vale-transporte e cartão de estudante emitidos até 2013.

Esses bilhetes serão recarregados com no máximo dez tarifas, isto é, R$ 43,00. Antes, o valor da recarga máxima era de R$ 350,00.

Quem tiver saldo acima de R$ 43,00 em um desses três modelos de bilhete terá quatro meses para utilizar esses créditos. Após esse período, os cartões com carga acima deste valor não serão mais aceitos em todo o sistema. Para recuperar o saldo restante em caso de não utilização, o passageiro deverá solicitar um novo cartão.

“Hoje o fraudador tem um limite de até R$ 350 para o cartão. Então se ele paga no mercado negro um cartão vazio por R$ 15 e ele completa com carga de até R$ 350, ele tem uma margem boa para negociar a venda desse cartão, para ter um lucro razoável. A partir do momento que você limita em R$ 43 não sobra margem de manobra para ele ter grandes lucros e também não sobra margem para quem tem um cartão desse grande economia”, disse o secretário municipal de Transportes, Edson Caram.

Os passageiros que possuem cartão personalizado ou que foram emitidos após 2013 não enfrentarão problemas para recarregar o valor máximo R$ 350.

De acordo com o secretário municipal de Transportes, o objetivo da Prefeitura de São Paulo agora é criar um sistema invulnerável para bloquear cartões com créditos fraudados assim que forem usados pela primeira vez.

Segundo o secretário, o passageiro que tiver o cartão bloqueado por fraude deve comparecer ao posto da SPTrans, se identificar e autorizar que o cartão seja enviado para a perícia para descobrir se trata-se de um bilhete clonado ou legal.

“Se for um cartão legal, você vai receber seu dinheiro de volta e vai passar para um cartão novo e acabou. Se for um cartão fraudado, o bilhete é apreendido, você não terá reembolso do dinheiro e cartão será incinerado”, justificou.

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Igor Roberto

Estudante de Direito e formado em Gestão Pública, com mais de 10 anos de experiência como setorista especializado em mobilidade e transportes. Apaixonado por informar e debater soluções para os desafios urbanos, é o criador da Rede Noticiando, um portal de referência para quem busca entender e acompanhar as principais novidades e tendências do setor. Quer falar com o Igor? Envie e-mail para [email protected]

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