Um motorista de ônibus da cidade de Mongaguá, no litoral de São Paulo, foi vítima de uma agressão generalizada. Segundo testemunhas, o espancamento ocorreu após o condutor ter assediado uma passageira menor de idade. A defesa do motorista nega as acusações.
A Polícia Civil está investigando as circunstâncias, e dois boletins de ocorrência, cada qual com a versão dos envolvidos, foram registrados em delegacias diferentes do município, informou a Secretaria de Segurança Pública.
Os investigadores apuram se de fato ocorreu o assédio, se foi cometido pelo motorista agredido ou se ele foi confundido com outro condutor que realiza o transporte escolar.
Parentes da vítima, de 17 anos, alegam que o motorista fez gestos para a jovem, apontou dedos e a xingou assim que ela embarcou no veículo durante o fim de semana.
O motorista do coletivo, identificado como Anderson Brito, de 34 anos, foi alvo de agressões de familiares da adolescente antes de encerrar o expediente e estacionar o ônibus.
No boletim de ocorrência, Anderson nega as acusações e diz que foi surpreendido por, pelo menos, 15 pessoas nas proximidades da garagem da empresa concessionária do transporte público.
As agressões foram gravadas por meio de um celular. O vídeo repercutiu na internet após ser compartilhado. Após o ataque, o motorista foi encaminhado ao hospital gravemente ferido.
O motorista disse à polícia que um dos agressores tentou feri-lo com uma faca, outro com pauladas e com capacetes de motos. Ainda de acordo com o depoimento de Brito, durante o espancamento ele teve R$ 450,00 roubados, assim como o crachá. Ele acredita que tenha sido confundido com um motorista de transporte escolar.
O advogado de Anderson, Rodrigo Vitorino Martins, afirmou que está acompanhando a investigação e que processará os agressores na esfera cível.
De acordo com o defensor, o condutor ficou em observação no hospital na tarde de segunda-feira, 25 de fevereiro, após ser identificado sangramento interno no crânio. Ele foi liberado horas depois.
O diretor comercial da empresa de transporte, Jorge Silva, explicou que no dia do ocorrido Anderson foi levado ao Pronto Socorro e ficará afastado durante 15 dias por orientação médica. “Se houver algo que confirme o comportamento inadequado, ele sofrerá as sanções necessárias, assim que comprovados os fatos”, diz.
A Polícia Civil de Mongaguá declarou que a suspeita de assédio é investigada na Delegacia de Defesa da Mulher e que as agressões ao motorista estão sob responsabilidade da Delegacia Polícia Sede, uma vez que não houve flagrante e que cada envolvido registrou boletins de ocorrências distintos após o ocorrido.
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