abril 25, 2024

Paralisações dos trabalhadores do transporte público pegam usuários de surpresa nos pontos de ônibus e terminais da cidade

As recentes greves de ônibus em SP, reivindicações feitas pelas categorias de motoristas e trabalhadores do transporte, paralisaram a maioria das linhas que cobrem a malha do transporte urbano da cidade. Passageiros acabaram surpreendidos de última hora com a falta de carros em circulação e, não bastando, também com o aumento de preços oferecidos pelos aplicativos de transporte, na tentativa de driblar o contratempo.

Os aplicativos funcionam através do princípio econômico de oferta e demanda. Uma vez que a demanda por corridas aumenta, ainda mais quando concentrada em determinados pontos, o que acaba acontecendo nos entornos de pontos de ônibus e terminais, potencializando o algoritmo, o preço sobe. Outros fatores como trânsito, chuva e distância até o centro da cidade podem encarecer ainda mais os preços ofertados, prejudicando principalmente usuários de áreas periféricas da cidade.

A UBER dá o nome de preço dinâmico para essa prática. O app sinaliza para os motoristas a área de maior demanda, e os preços aumentam para atrair mais carros para aquela região. O usuário é informado sobre os preços mais elevados ao procurar por uma corrida. Ele pode optar por aguardar pela queda dos preços ou aceitar as corridas pelo valor que se apresenta. A demanda é acompanhada em tempo real, podendo ocasionar mudanças de preços rapidamente. A 99 funciona de maneira análoga.

Por meio das redes sociais, usuários demonstravam insatisfação com os preços. Quem buscava um carro se deparava com valores até três vezes mais altos que o usual, além da demora de mais de uma hora para que um carro aceite uma corrida. Muitos usuários tiveram diversas corridas canceladas. O motorista parceiro pouco pode fazer, já que o mecanismo de preços parte da própria plataforma. Muitos usuários dividiam corridas para destinos afins.

Os motoristas de aplicativo também acabaram prejudicados. Embora possuam autonomia sobre a forma de trabalhar, isto é, sobre locais e horários, os profissionais acabam por ser atraídos para as áreas que estão pagando mais, devido à alta demanda. Esse incentivo a mais na tentativa do aplicativo de cobrir a falta de demanda acaba por equilibrar a oferta de carros, derrubando o valor que recebem por corrida. Muitos cancelam a corrida por não valer mais a pena.

Mais de 6.000 ônibus deixaram de rodar na última paralisação, afetando 675 linhas da capital paulista, mesmo com a determinação de 80% de frota na rua nos horários de pico. A categoria de trabalhadores do transporte público reivindicava reajuste salarial, participação nos lucros e resultados, hora extra a 100%, hora do almoço remunerada, entre outras solicitações. 13 empresas aderiram à greve e 11 seguiram operando.

Na cidade, o rodízio de carros foi suspenso, e a Companhia de Engenharia de Tráfego liberou faixas exclusivas e corredores de ônibus para a circulação de carros. Com a normalização após a greve, os preços dos aplicativos voltaram ao habitual. Embora muito mais caros, os aplicativos de transporte foram de grande valia para tentar ao menos escapar do caos instaurado na cidade. Por essa razão, é sempre bom tê-los instalados no seu smartphone, seja Android ou iOS, como o iPhone XR.

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