A CPTM inaugurou nesta quinta-feira, 1° de outubro, seis novos Espaços Acolher em suas estações, chegando a 29 salas das 35 previstas para todo o ano de 2020. Os locais têm como objetivo dar atendimento humanizado e com privacidade a mulheres vítimas de violência ou importunação sexual nos trens e estações da companhia.
As estações Pirituba (Linha 7-Rubi), Barueri (Linha 8-Diamante), Jurubatuba (Linha 9-Esmeralda), Suzano e Mogi das Cruzes (Linha 11-Coral), além da Estação Luz (Linhas 7 e 11) irão receber os novos espaços, onde a passageira receberá um atendimento mais reservado, separado do agressor, e feito por uma pessoa preparada para lidar com essa situação incômoda e delicada. Além disso, a ampliação dessa rede de apoio eleva ainda mais a capacidade de atendimento às mulheres vítimas destes crimes que precisam ser eliminados não apenas da CPTM, mas de toda sociedade.
Além das salas recém-inauguradas, a CPTM possui Espaços Acolher nas seguintes estações:
- • Linha 7-Rubi – Vila Aurora, Franco da Rocha, Francisco Morato e Várzea Paulista;
- • Linha 8-Diamante – Osasco, Jandira e Carapicuíba;
- • Linha 9- Esmeralda – Hebraica-Rebouças, Villa-Lobos – Jaguaré e Pinheiros;
- • Linha 10-Turquesa – Santo André, Rio Grande da Serra e Tamanduateí;
- • Linha 11-Coral – Ferraz de Vasconcelos, Guaianases, José Bonifácio e Bom Bosco;
- • Linha 12-Safira – São Miguel Paulista;
- • Linha 13-Jade – Aeroporto Guarulhos.
E nas estações de integração Brás (Linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira); Tatuapé (Linhas 11-Coral e 12-Safira), Engenheiro Goulart (Linhas 12-Safira e 13-Jade); e Palmeiras Barra Funda (Linhas 7-Rubi e 8-Diamante).
“Quando tivermos todos os Espaços Acolher em funcionamento, a ideia é que um mulher que sofrer esse tipo de violência covarde precise se movimentar por apenas mais uma estação para ter um atendimento mais reservado”, explica Felissa Alarcon, diretora administrativo-financeira da CPTM.
O Espaço Acolher faz parte do programa ‘Em Movimento Por Elas’, lançado em março deste ano em parceria com o Instituto Avon, que consiste na formulação de políticas públicas no âmbito da companhia, criando uma rede de proteção às mulheres com base em implementação de projetos internos e externos que permitam o fortalecimento da autoestima, visibilidade para questões de gênero e combate à violência contra a mulher.
“Todas as grandes empresas têm importantes discursos pela valorização da mulher e combate ao machismo. A CPTM é uma grande empresa, transporta três milhões de pessoas sendo que a maior parte são mulheres. Queremos ir além do discurso, queremos que as nossas passageiras sejam respeitadas e as nossas colaboradoras vejam a companhia como um lugar seguro, acolhedor e, principalmente, justo para elas”, finaliza Felissa.
A CPTM veicula, também, nas estações, trens e redes sociais, campanha de combate a importunação sexual, com foco na importância das pessoas, que presenciaram o ato, testemunharem. E para reforçar esse ato de ajuda ao próximo, a CPTM disponibiliza a todos que forem testemunhas um atestado, para que a pessoa possa justificar um atraso ou até uma falta ao trabalho. As redes da CPTM também divulgam cartilhas digitais do Instituto Avon. Outras ações já estão programadas para os próximos meses, mostrando que o respeito à mulher deve ser trabalhado todos os dias, por todos.
O cronograma previsto desde março foi adiado por conta da pandemia de Covid-19, mas foi retomado com eventos e ações que visam criar e consolidar uma rede de proteção permanente para passageiras e colaboradoras. Mesmo com a necessidade de avaliação dos formatos conforme a situação da pandemia da Covid-19, a agenda de eventos com foco em saúde, autoestima e independência financeira, além dos treinamentos, não será mais interrompida.
“Estamos trabalhando para que o assédio sexual nos trens e estações diminua ou até desapareça. Para isso, estamos criando espaços de acolhimento para as vítimas e campanhas de incentivo a denúncia e para que as pessoas que estiverem por perto testemunhem, demostrando para o agressor que a CPTM será totalmente hostil a quem praticar estes atos covardes dentro do sistema”, afirma Pedro Moro, presidente da companhia.
Além de todas as ações de combate à importunação e ao assédio sexual nos trens e estações, vale lembrar que a CPTM possui uma central de monitoramento da segurança, que funciona 24h por dia, 7 dias por semana, com 14 pessoas trabalhando por turno, que controlam mais de 2500 câmeras em estações, e até dezembro serão mais de 4000 câmeras. Nos trens são mais de 6000 câmeras de olho em todo o movimento durante a circulação. Todos os casos denunciados são registrados pela CPTM, que também é a responsável pelo encaminhamento do agressor para a autoridade policial.
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