Trens da série 7000 apresentam problemas na Linha 10 da CPTM

Realocados para a Linha 10-Turquesa há pouco mais de uma semana, os trens da série 7000 têm apresentado problemas no ramal que liga o Brás até Rio Grande da Serra. A CPTM admitiu o problema de adaptação a nova ferrovia, foi o que mostrou o Repórter Diário.

Ao anunciar a troca do monotrilho da Linha 18-Bronze por um sistema de corredor de ônibus do tipo Bus Rapid Transit (BRT) para ligar São Bernardo do Campo até o Tamanduateí, o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, anunciou que a Linha 10 da CPTM receberia novos trens, e que ganharia um ”padrão metrô” de operação.

Os ”novos trens” na verdade já possuem 10 anos de uso, e prestavam serviços na Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú). Na ocasião, Baldy anunciou que toda a frota antiga, que corresponde a série 2100, seria aposentada, algo que posteriormente não ocorreu, e agora a frota virou uma espécie de ”reserva técnica”, onde circulam ”eventualmente”.

Problemas de adaptação

A CPTM admitiu ao jornal que os vãos entre os trens mais novos e as plataformas são maiores, o que traz insegurança no embarque, principalmente para aqueles que possuem mobilidade reduzida.

Em nota a companhia disse que tem ciência da situação e que está fazendo alterações nas plataformas.

“A questão do espaço entre o vão e a plataforma é devido ao compartilhamento da via com os trens de carga e, como solução, a CPTM aplica borrachões de proteção nas estações de maior movimento e realiza reformas nas plataformas”.

Vale lembrar que o transporte de passageiros nas linhas é compartilhado com o transporte de cargas, que é de responsabilidade da MRS Logística.

Promessa de intervalo menor na Linha 10-Turquesa

O vice-governador e secretário de Estado, Rodrigo Garcia, prometeu que o tempo de viagem na Linha 10-Turquesa seria reduzido. A CPTM confirmou através de nota que as viagens estão mais rápidas.

“O tempo de viagem na linha 10 -Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra) diminuiu cerca de 10% após a modernização da frota, principal motivo de elogios dos passageiros nos canais de atendimento da CPTM. A razão é que os trens da série 7000 possuem maior taxa de aceleração”.

Passageiros tem opinião diferente

Alguns passageiros foram ouvidos pela reportagem e a maioria demonstrou uma opinião diferente do que informou a companhia.

Destacamos aqui o que disse o Jaiton, acompanhe:

“Às vezes, quando o trem chega à estação de Ribeirão Pires para de 15 a 20 minutos até prosseguir viagem. Eles informam que é para aguardar outro trem passar, isso é falta de planejamento. Parece que só piorou, eu preferia os outros”.

Oferta de lugares aumentou, diz a CPTM

A empresa negou que a quantidade de assento é menor. Segundo a CPTM ”os trens modernos têm 52 bancos a mais do que os antigos da série 2100. O número de bancos preferenciais é igual. A oferta total de lugares aumentou em 8,5% por viagem com a entrada dos trens modernos. Além disso, os trens da série 7000 contam com itens de acessibilidade, como sinalização visual para identificação de assentos preferenciais, espaço para cadeirantes”.

Padrão Metrô na operação

Com o investimento no sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação, tradução da sigla em inglês), o intervalo entre os trens na Linha 10 deve ser reduzido. Isso melhora toda a sinalização e faz com que a empresa possa colocar em operação mais trens, com mais segurança e rapidez em toda a extensão do ramal.

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3 comentários em “Trens da série 7000 apresentam problemas na Linha 10 da CPTM”

  1. A falta de padronização ocorre novamente na CPTM.

    Mais uma vez temos esta aberração da largura das carruagens começou no ano de 1996 com a importação destas composições usadas serie 2100 da Espanha da década de 70 que eram mais estreitos, por isto tiveram instalados aqueles estribos, pois era impossível corrigir a largura das carruagens ~2,85m, algumas destas composições ainda trafegam na Linha 10-Turquesa.

    A norma que dispõe da acessibilidade e ergonomia em trens urbanos é a NBR-14021 da ABNT, e no item: 5.6.4 – Vão e desnível entre o trem e a plataforma 10 cm no máximo (horizontal) e 8 cm no máximo de desnível (vertical), porém ela é omissa com relação ao comprimento máximo do estribo.

    “Quando não se aprende com os erros do passado, corre o risco de repeti-los no presente.”

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  2. Infelizmente o ABC está sendo, novamente, negligenciado pelo governo do estado. Os supostos novos trens são na realidade antigos, os carros são estreitos e os bancos também. Quero os trens novos que foram prometidos, acessibilidade nas estações e que querem a linha volte a fazer final na luz.

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