Fim do PC gamer? Jogos em nuvem abrem mão do hardware poderoso

Jogos na nuvem são alternativa para consoles e PCs mais fracos, uma vez que são processados pelos servidores dos serviços de streaming

O serviço de streaming revolucionou não só a maneira de ver filmes e séries e ouvir música, como também tem migrado para outros ramos do entretenimento. O cloud gaming, ou jogos na nuvem, tem se tornado a tendência no consumo de jogos, uma vez que a tecnologia faz com que o usuário dependa cada vez menos de poderosos hardwares para se divertir, em meio a um extenso catálogo de games, a depender do serviço escolhido.

Na prática, os servidores do serviço de streaming executam praticamente todo o processamento de dados do jogo e apenas o retransmite para o jogador, que irá executar os comandos normalmente no controle ou no teclado e mouse. Ou seja, é um streaming interativo. Sendo assim, o usuário depende menos do seu próprio hardware, isto é, não  precisa da última placa gráfica ou do melhor processador para poder jogar. Mesmo smartphones e tablets têm se habilitado para rodar jogos de última geração.

O cloud gaming cresce em um momento onde montar um PC gamer não é das tarefas mais baratas, principalmente no Brasil. O preço cotado em dólar das peças de hardware dificulta o sonho de muita gente de montar um bom computador que rode os últimos lançamentos. A única exigência para uma experiência satisfatória é uma boa conexão de internet. No mais, basta o usuário pagar mensalmente o serviço que mais o agrada e começar a jogar literalmente em um clique, já que os jogos de nuvem dispensam até mesmo seu download e instalação, pois está tudo pronto no servidor.

Os principais serviços disponíveis hoje são o NVidia Geforce Now, o PlayStation Now, o Amazon Luna e o Microsoft Xbox Game Pass. Cada um possui seu catálogo próprio e diferem em preço também. Alguns fazem exigências quanto à largura de banda ideal para um bom funcionamento, caso do Xbox Game Pass, que recomenda ao menos 10 mbps de velocidade de internet.

Apesar de tantos pontos positivos, a tecnologia ainda pode deixar a desejar para aquele gamer mais exigente. A compressão da qualidade de vídeo para não sobrecarregar a largura da banda significa gráficos menos ricos quanto o gerado localmente pelo hardware usual. O processo é análogo ao que ocorre nas plataformas de vídeo, como o YouTube. 

Além disso, muitos jogos AAA, isto é, os de altíssima qualidade de desenvolvimento, ainda não fizeram sua migração para a nuvem, justamente pela limitação técnica que ainda não o viabilizou, o que não significa que em pouco tempo a largura de banda não seja tal que isso venha a acontecer.

A latência também é um problema. A velocidade de processamento de um comando feito diretamente à máquina é muito mais rápida do que sua transmissão ao longo de uma cadeia de servidores e de volta para o usuário, o que pode ser especialmente prejudicial em games competitivos que exigem respostas quase imediatas sobre cada comando. 

Optar pelo streaming de jogos pode ser particularmente interessante em um momento onde o dólar está muito valorizado perante ao real, dificultando a montagem de um PC poderoso. No entanto, a facilidade de ter um catálogo de centenas de jogos disponíveis a distância de um clique é algo bastante vantajoso, ainda que não rodem no máximo de sua qualidade.

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