O número de mulheres que dizem ter sofrido assédio dentro do transporte coletivo subiu 18 pontos percentuais de 2018 para 2020, de acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo – Mulher” divulgada nesta quarta-feira, 4 de março, pela Rede Nossa São Paulo.
Para o levantamento, o Ibope Inteligência entrevistou cerca de 400 mulheres em cada um dos anos: 2018, 2019 e 2020 na cidade de São Paulo. Os pesquisadores selecionaram mulheres com diferentes rendas, classes sociais, escolaridades, idades, raças e religiões.
Em 2018, 25% das entrevistadas disseram já ter sofrido assédio no transporte coletivo. Neste ano, a porcentagem saltou para 43%.
Situação mais recorrente
Entre todas as entrevistadas, 63% disseram que já sofreu algum tipo de assédio, em diferentes situações. A porcentagem representa 3,4 milhões de mulheres da capital que sofreram assédio, já que dados oficiais do IBGE estimam que a população paulistana de mulheres com 16 anos ou mais é de 5,2 milhões.
Os estudos anuais revelam uma tendência de crescimento em todas as situações avaliadas – transporte público, rua, bares e casas noturnas, pontos de ônibus, trabalho, transporte particular e ambiente familiar, mas a condução permanece como o local onde as mulheres sentem maior risco de sofrer algum tipo de assédio.
Em 2018 entrou em vigor a lei federal contra a importunação sexual, que criminaliza a realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem seu consentimento, como toques inapropriados ou beijos “roubados”. Quem pratica casos enquadrados como importunação sexual pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 52% das mulheres vítimas de assédio no país não denunciam os casos.
Como denunciar
Para denunciar casos de assédio contra a mulher é possível usar aplicativos, como “Clique 180” e “Mete a Colher”, ligar na Central de Atendimento à Mulher no 180 ou no Disque Denúncia no 181, ou comparecer a uma delegacia voltada ao público feminino, como a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).
Transporte sobre trilhos
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