Além de oferecer benefícios para intestino, coração e ajudar a prevenir doenças, a dieta vegana se mostra financeiramente vantajosa
Uma dieta baseada em vegetais faz bem para a saúde, para o meio ambiente e para o seu bolso. Além de tudo isso, ainda luta pelos direitos dos animais, humanos e não-humanos, e pela ampliação da agricultura familiar. Assim, adotar o veganismo como estilo e como movimento político pode trazer diversos benefícios.
Todavia, cortar o alimento de origem animal não é a parte mais difícil de adotar uma dieta vegetariana, mas a própria oferta de vegetais variados e com preços acessíveis; além da falta de profissionais especializados e qualificados. Além disso, ainda há certo preconceito da população com esse tipo de alimentação, e pouca oferta de produtos e alimentos em lanchonetes e restaurantes, dependendo da cidade em que você mora.
Benefícios de uma alimentação vegana
Adotar uma dieta baseada em vegetais, frutas e leguminosas pode trazer diversos benefícios, não somente para a saúde de quem adota essa alimentação, mas também para o meio ambiente. De acordo com a ONU, incentivar uma dieta baseada em plantas e a agricultura familiar ajuda a combater a mudança climática e o aquecimento global; todavia, a pesquisa The people Climate’s vote apontou que apenas 30% da população mundial de fato apoia essa causa, seja por falta de acesso a vegetais de qualidade, seja por falta de interesse ou conhecimento sobre os benefícios ambientais e de saúde.
Além de ajudar o planeta, uma dieta vegetariana pode ser mais econômica e melhorar a saúde das pessoas. Jessica Aviz, que está no período de transição para uma dieta totalmente vegetariana, ressalta que já percebe os benefícios no próprio bolso, pois a carne está muito cara. “Eu também tenho vantagem na saúde, porque ao comer mais sementes, verduras e legumes, eu sinto que meu intestino funciona melhor”. Além disso, “um tempo atrás, eu estava com uma taxa de triglicerídeos muito alta, antes de adotar mais predominantemente essa dieta, e isso não aconteceu mais”, pontua.
Para a nutricionista Fernanda Barbosa, adotar uma dieta vegetariana apresenta vários benefícios para o intestino, o coração, e previne algumas doenças graves. “Entre os benefícios, está diminuir os riscos cardiovasculares; a gente também pode ressaltar a diminuição de casos de câncer por pessoas que têm uma dieta voltada para o consumo de vegetais, de preferência orgânicos”, afirma. “Mas a gente sabe que não é todo mundo que tem acesso aos orgânicos, então comer vegetais já está de bom tamanho”.
Além disso, uma alimentação baseada em vegetais é uma boa aliada ao emagrecimento, porque tem uma dieta rica em fibras que aumentam a sensação de saciedade. “Um prato cheio de vegetais, arroz, feijão, uma proteína de soja ou um hambúrguer de grão-de-bico, por exemplo, vai te garantir uma maior saciedade. Então, você acaba comendo menos em frequência, mas vai estar bem alimentado, bem saciado, por um longo tempo”, pontua.
Para além da alimentação no veganismo
Como o veganismo é um movimento político, que se posiciona contra a exploração animal, humana e não-humana, ele não se limita apenas à alimentação. Dessa forma, consumir produtos que dispensem a exploração humana e animal é essencial dentro do veganismo. Assim, é importante buscar produtos verdes ou limpos, sejam roupas ou mesmo cosméticos veganos, não testados em animais.
Gisele Braga é professora universitária e adepta do veganismo desde 2015. Ela enfatiza que o movimento vegano é um movimento político, ético e contra a opressão. E além de ter uma alimentação vegetariana, também consome outros produtos veganos. “Minhas maquiagens e produtos de beleza são todos de empresas que não testam em animais e não utilizam insumos de origem animal. É também possível encontrar no mercado vários produtos de marcas que não utilizam testes em animais em produtos de limpeza, vestuário, entre outros”, comenta.
Para ela, “além dos testes e insumos animais, também é importante observar a postura da empresa. De nada adianta a empresa produzir algo sem ingredientes de origem animal e explorar humanos e/ou causar malefícios ao meio ambiente”, finaliza.
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