O atraso nas obras de expansão da rede metroviária de São Paulo têm causado dor de cabeça e desespero para os moradores do entorno de futuras estações e linhas.
Imóveis desapropriados, canteiros de obras abandonados, foram tomados por moradores em situação de rua. Ruas e alamedas se transformaram em uma cidade fantasma.
Na Rua Erasmo de Braga, na Penha, na Zona Leste de São Paulo, a maioria dos imóveis já foram desapropriados, entretanto, se tornaram abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.
O local deverá abrigar a futura Estação Penha de França, que faz parte do projeto de expansão da Linha 2-Verde (Vila Prudente-Vila Madalena), entretanto, ainda não há prazo para que isso ocorra.
Os moradores da região estão desesperados, muitos ainda aguardam uma definição da justiça para receber o valor referente a indenização sobre a desapropriação dos seus imóveis.
A situação se repete no entorno das obras da futura Linha 6-Laranja, que ligará a Brasilândia, na Zona Norte, à São Joaquim, na Zona Sul de São Paulo. As obras estão paradas desde agosto de 2016, quando o consórcio responsável alegou não ter mais suporte financeiro e tentou romper o contrato com o estado. Na Brasilândia, os terrenos desapropriados se tornaram lixões e ponto de descarte de entulho.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informou à revista Valor Econômico, que os contratos de obras da Linha 2-Verde foram suspensos antes do início da execução em razão da crise.
Também declarou que não há previsão para retomada do projeto e que as desapropriações e indenizações dos imóveis dependem de trâmites judicias e que os trabalhos de limpeza e conservação das áreas são mantidos pela pasta.
Referente a Linha 6-Laranja, a secretaria estadual afirmou que espera na justiça o trâmite para encerrar o contrato com a concessionária responsável. Após isso, será feira uma nova licitação das obras, com previsão de recomeço em 2019. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirmou ainda, que faz limpeza periódica nos terrenos e que aciona a Prefeitura de São Paulo para tomar as providências nas áreas externas.
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