abril 25, 2024

A linha 17-Ouro do monotrilho cuja promessa era ser entregue antes da Copa do Mundo no Brasil em 2014 segue em obras, faltando cerca de um mês para o início do mundial que esse ano será disputado na Rússia, nenhuma estação do ramal foi entregue.

O sistema de monotrilho foi incluído como promessa para a Copa do Mundo em 2014, através de um acordo chamado Matriz de Responsabilidades, onde o então Ministro dos Esportes, Orlando Silva, em 2010 assinou um documento com o governo e a Prefeitura de São Paulo, uma série de compromissos que incluía além do novo ramal, outras obras para o transporte, melhorias nas vias próximas ao estádio, entre outras. O documento na época foi assinado por todas as cidades-sede.

Na época em que o acordo foi assinado, o palco cotado para sediar os jogos era o Estádio do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo e as obras programadas incluíam:

– A construção do monotrilho da linha 17-Ouro até março de 2013;
– Reforma do Estádio do Morumbi;
– Investimento na infraestrutura do Aeroporto de Guarulhos;
– Ações para o turismo;

O projeto inicial previa que os trens da linha 17-Ouro levariam os passageiros do Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi. Com um traçado de 18 km de extensão sob via elevada, a linha teria 18 estações e faria conexões com a linha 1-Azul do Metrô no Jabaquara e a linha 9-Esmeralda da CPTM no Morumbi

Os planos para o novo ramal começaram a mudar em 2011, quando foi anunciando que o estádio que sediaria os jogos seria a futura Arena Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste. No ano seguinte, o governo do estado solicitou ao Ministério dos Esportes a retirada do monotrilho e das obras no Morumbi da Matriz de Responsabilidades.

A Linha 17-Ouro foi removida da Matriz oficialmente em dezembro de 2012, quando um novo documento foi publicado no Diário Oficial da União.

Problemas na Linha 17-Ouro

Após a retirada do Estádio do Morumbi como sede da Copa do Mundo em 2014, a construção da linha sofreu diversas alterações, os valores aumentaram e os prazos foram sucessivamente ampliados. Nos últimos quatro anos, investigações foram abertas a pedido dos ministérios público federal e estadual pela falta de um projeto básico.

As obras chegaram a ser paralisadas por seis meses após problemas com os consórcios contratados, chegando a gerar diversos questionamentos do Tribunal de Contas do Estado, sendo que um deles está relacionado ao avanço do custo que saltou de R$ 1,39 bilhão previsto inicialmente, para R$ 3,5 bilhões.

Até maio de 2018, a menos de 1 mês para o inicio da Copa do Mundo na Rússia, nenhuma estação foi concluída.

A obra foi divida em três etapas:

Trecho 1: Morumbi – Aeroporto de Congonhas – Jardim Aeroporto
Trecho 2: Morumbi – São Paulo-Morumbi
Trecho 3: Jardim Aeroporto – Jabaquara

Nos trechos entre Morumbi e São Paulo-Morumbi e entre Jardim Aeroporto e Jabaquara, o início da implantação está suspenso até que sejam equacionados questões referentes às ampliações viárias com a Prefeitura de São Paulo, além das desapropriações necessárias para o prosseguimento das obras.

A linha 17-Ouro quando concluída será administrada pelo Consórcio Via Mobilidade e o novo traçado dispõe de trens partindo da Estação Morumbi com destino ao Aeroporto de Congonhas.

Igor Roberto

Graduando em Direito, formado em Enfermagem e Gestão Pública. É o criador do Rede Noticiando e escreve sobre temas relacionados à mobilidade urbana no Estado de São Paulo. Quer entrar em contato com o Igor? Envie um e-mail para [email protected]
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