Prático na teoria, poluente na prática: e-commerce trouxe forte impacto ao meio ambiente
Como um clique no celular ou computador pode prejudicar a natureza?
Durante o período da pandemia, o comércio e a forma de comprar dos brasileiros sofreu uma grande reviravolta. Com a necessidade do isolamento, muitas pessoas descobriram novos hobbies e habilidades, novas necessidades até então desconhecidas, e chegaram a tirar proveito do tempo livre em casa para reformar ou redecorar suas residências. E, nesses momentos, o e-commerce foi um bom aliado para fazer compras de forma segura e prática.
O comércio eletrônico no Brasil teve um crescimento pronunciado durante a pandemia. Segundo dados do índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em parceria com o Movimento Compre & Confie, o e-commerce deu um salto de 20,38% entre fevereiro e março de 2020.
Mas ainda que ele seja vantajoso, e que tanto o varejo eletrônico quanto a receita gerada estejam em crescimento, há um fator que traz uma desvantagem para as vendas pela web: comprar online pode ser bem mais prejudicial ao meio ambiente do que fazer compras em lojas físicas.
Impactos no meio ambiente
No início do processo do isolamento social, houve alguns aspectos positivos para a natureza. Águas de canais ficaram mais limpas e com vida natural, a poluição do ar diminuiu, houve até mesmo a recuperação de habitat de animais silvestres, devido à diminuição da interferência do homem no meio ambiente. Mas isso não durou muito.
As compras online têm impactado profundamente o meio ambiente, segundo estudo feito pelo maior proprietário de shoppings dos Estados Unidos, o Simon Property Group. Para se ter ideia, o e-commerce possui impacto ambiental 7% maior que o comércio físico, considerando a compra da mesma quantidade de produtos nos dois casos.
Efeito estufa
O principal ponto do estudo é que os consumidores compram itens diferentes em sites diversos, o que gera uma rota de entrega com um veículo de transporte próprio para cada produto, e, por consequência, aumenta a quantidade de gases de efeito estufa.
Se a mesma compra fosse feita presencialmente, seria apenas uma única rota de carro, com uma única emissão de gases na atmosfera, o que já é, por si só, nocivo ao meio ambiente.
Acúmulo de lixo
O segundo ponto é que, pelas normas de entregas a domicílio, a produção de embalagens – e, por consequência, de lixo – é muito maior. O produto deve ser embalado em plástico bolha, colocado dentro de uma caixa de papelão, essa caixa embalada em papel pardo, e fechada toda com fita adesiva. Vale lembrar que ainda devem ser impressos uma série de papéis referentes à entrega, e isso tudo gera uma quantidade descomunal de lixo, que, muitas vezes, não é descartado de maneira correta, e acaba em aterros sanitários.
Em contrapartida, em uma loja física, o produto é apenas colocado em uma sacola de papel, e, muitas vezes, o próprio consumidor aproveita alguma sacola de outra loja para levar mais de um produto.
Chips e plástico
Um terceiro ponto levantado pelo estudo também é que, devido à pandemia, muitas pessoas que não possuíam um cartão de crédito resolveram fazer um, e o impacto econômico também foi sentido pelo mercado, inclusive levando a um atraso na produção de cartões, devido à falta de insumos, especialmente de chips.
Parte desse problema foi solucionada pela implementação dos cartões online, fornecidos pelos aplicativos de bancos.
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