O terceiro ato contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo terminou em confusão na noite desta quinta-feira, 16 de janeiro. A polícia impediu que o protesto avançasse para a Avenida Paulista e usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra um grupo que furou o bloqueio. Segundo a PM, 10 pessoas foram detidas e uma policial se feriu.
Os manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) iniciaram o ato no fim da tarde, em frente ao Theatro Municipal, e saíram em caminhada. A ideia era ir até a Avenida Paulista, mas o grupo conseguiu andar só até a Praça da República, uma distância de 500 metros.
Na esquina das avenidas São João e Ipiranga houve confronto, depois que a polícia fez um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes chegassem até a Rua da Consolação. Segundo a PM, o trajeto proposto não poderia ser autorizado por causa dos alagamentos provocados pela chuva.
Um pequeno grupo de manifestantes foi cercado por um número bem maior de policiais, que jogaram bombas de efeito moral e usaram balas de borracha. Alguns participantes do ato foram imobilizados pelos policiais. Agências bancárias foram depredadas na dispersão da manifestação.
Segundo a PM, oito adultos foram detidos e 2 adolescentes foram apreendidos na confusão. Eles foram levados para o 2º DP por desacato e lesão corporal e eram ouvidos até a madrugada desta sexta-feira, dia 17. Ainda de acordo com a polícia, uma policial militar ficou ferida.
Nota da SSP
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de SP afirmou que atuou na manifestação para “garantir o direito à livre expressão e a segurança de todos”. Leia a íntegra:
“A Polícia Militar, para garantir o direito à livre expressão e a segurança de todos, atuou no ato contrário ao reajuste nas tarifas do transporte público, realizado nesta quinta-feira (16). Após o deslocamento para a região da Praça da República, houve um princípio de tumulto que foi contido pelos policiais. Uma policial militar foi ferida durante a ação. Dez pessoas, sendo oito adultos e dois adolescentes, foram detidas por desacato e lesão corporal e encaminhadas ao 2º DP. A autoridade policial está ouvindo o grupo na delegacia para registrar o ocorrido.”
Aumento da tarifa
Os manifestantes protestam contra o aumento de R$ 0,10 nas passagens do transporte público na capital paulista, que passaram de R$ 4,30 para R$ 4,40. Segundo o MPL, a tarifa deveria ser reduzida.
O reajuste é de 2,33%, abaixo da inflação anual prevista pelo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), que é de 3,86%.
As novas tarifas foram encaminhadas no dia 20 de dezembro de 2019 para os presidentes da Câmara Municipal e para a Assembleia Legislativa, aprovadas e entraram em vigor em 1º de janeiro.
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