Linha 18-Bronze terá apoio do Governo Federal para sair do papel
O Governo Federal vai apoiar e ajudar na construção da Linha 18-Bronze, que promete ligar parte do ABC até a estação Tamanduateí, independentemente de qual for o modal escolhido pela gestão do Governador João Doria.
O secretário Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, Jean Carlo Pejo, esteve nesta quarta-feira, 5 de junho, no ABC Paulista e se encontrou com prefeitos da região que apresentaram demandas e projetos que estariam aptos a receber recursos do Governo Federal.
“Nós não temos nenhuma ingerência sobre a questão técnica que está sendo discutida pelo Estado sobre qual o modal que vai ser adotado. Pelas demandas daqui da região, seja modelo de monotrilho, seja modelo de VLT – Veículo Leve sobre Trilhos ou modelo de BRT (corredor de ônibus), está sendo estudado pelo Governo do Estado. Nós estaremos ouvindo as necessidades que o Governo do Estado tem e avaliar a melhor solução para o cidadão”, disse Pejo.
No passado, São Paulo não tinha conseguido boa avaliação de para que a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) pudesse dar o aval para o Estado buscar recursos no mercado. Na ocasião, só era cogitado o monotrilho para a linha, obra que necessita de R$ 600 milhões somente em desapropriações para instalar as estações e as vigas do sistema de trens leves de média capacidade.
O secretário da gestão Jair Bolsonaro diz que agora o momento é outro e que a decisão tomada pelo Governo do Estado deve receber apoio federal.
Pejo aproveitou a oportunidade para dizer que o Governo Federal não vai interferir na escolha do modal.
A decisão sobre qual modal deve ser implantado entre Tamanduateí e São Bernardo do Campo deve sair nas próximas semanas.
Troca de modal pode ir parar na justiça
O Rede Noticiando mostrou que representantes do Consórcio Vem ABC já estudam recorrer ao tribunal em caso de qualquer decisão unilateral que possa ser tomada pelo Governo do Estado de São Paulo.
A troca de modais vem sendo discutida desde o início do governo de João Doria. Atualmente, técnicos da Secretaria dos Trasportes Metropolitanos (STM) têm analisado a proposta, sob a supervisão de Alexandre Baldy a pedido de Doria.
A principal justificativa do governo para a mudança é o considerado alto custo para as desapropriações no traçado do monotrilho. O custo está estimado em R$ 600 milhões.
O diretor-presidente do Consórcio Vem ABC. Maciel Paiva, disse na ocasião que “se houver (a rescisão)…tem de cobrar aquilo que de fato foi gasto durante esses anos posteriores à assinatura do contrato e também aquilo que…deixou de ganhar com a expectativa prevista inicialmente“.
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Monotrilho, People Mover ou Aero Trem
Inicialmente entendo que se utilizar o termo “Ligação por monotrilho” da futura Linha18-Bronze está incorreto, pois isto significa um direcionamento para este tipo de solução, que até poderia ser chamado de “Aero Trem” ou “People Mover”, conforme apresentação do Skyshuttle da BYD que se assemelha ao monotrilho, porém com as rodas pneumáticas guias viradas para fora, ao contrário do sistema da Linha 15-Prata Bombardier, este sim um verdadeiro monotrilho, e que não esta concorrendo, e o da Coester / Siemens que é uma espécie de VLT-Veiculo Leve sobre Trilhos elevado, pois utiliza rodeiros iguais sobre trilhos da aço além de chaveamento de mudança de vias mais simples, tratando-se de um trem que oscila menos ao trafegar que um “Monotrilho” ou “People Mover”, iguais as linhas de trens e Metrôs.
Por estas ponderações entendo que a opção de se utilizar um sistema que se assemelha ao utilizado pela Linha 10-Turquesa com trilhos em bitola de 1,6m que poderá ter terminações em topo ou lateral na estação de transição com transbordo em linha nesta estação, além de se utilizar materiais já padronizados na CPTM / Metrô, sem dar exclusividade a um único fornecedor, algo que só quem trabalha em engenharia, e com custos em suprimentos, facilidades de manutenção e prazos sabe como isto é importante.
Destas conclusões entendo que o modelo nacional “Aerotrem” seja o mais indicado, não significando que se tenha que adquirir deste fabricante de referência.
A região em que irá trafegar o monotrilho ou qualquer outro na Linha 18-Bronze entre São Bernardo e São Caetano do Sul é paralela quase que totalmente ao Córrego dos Meninos / Rio Tamanduateí, portanto sujeita a inundações constantes como em Março de 2019, portanto é fundamental que o sistema seja elevado, ou se corre o risco de se construir um sistema obsoleto já na sua criação.
Um exemplo disto é o que ocorre no atual corredor ABD dos trólebus do BRT que é interrompido nas enchentes, recentemente o prefeito de São Bernardo indicou que a construção de piscinão do Paço com finalização em para Agosto deste ano de 2019, porém apesar de praticamente pronto (só falta o acabamento) não funcionou!!!