Prefeitura cobra explicações sobre queda de estrutura da ciclopassarela Erika Sallum
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Empresa responsável tem cinco dias para justificar acidente na Linha 9-Esmeralda
A Prefeitura de São Paulo determinou que a empresa responsável pela construção da ciclopassarela Erika Sallum apresente, em até cinco dias úteis, uma explicação sobre a queda de parte da estrutura, que atingiu e interrompeu a circulação de trens na Linha 9-Esmeralda na noite de terça-feira (18). O descumprimento do prazo pode resultar em multa.
Além das justificativas, a administração municipal exige detalhes sobre as soluções propostas para o incidente, a comprovação de que a obra seguiu normas técnicas e a garantia de que medidas preventivas foram adotadas para evitar novos problemas.
A Concrejato Engenharia, empresa intimada, não se manifestou sobre o caso.
Estrutura metálica interrompeu trens, mas ninguém se feriu
O acidente ocorreu por volta das 20h30, quando uma parte da estrutura metálica da ciclopassarela caiu sobre a rede aérea da Linha 9-Esmeralda, interrompendo o serviço entre as estações Pinheiros e Vila Olímpia. Não houve feridos.
Durante a madrugada, equipes retiraram as grades do local e repararam os cabos de energia, permitindo que a circulação de trens fosse normalizada às 4h da quarta-feira (19), segundo a Viamobilidade. A peça danificada foi reinstalada e a passagem já está operando normalmente.
Obra custou R$ 41,9 milhões e foi inaugurada em janeiro
A ciclopassarela Erika Sallum, inaugurada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em 30 de janeiro, liga os bairros Butantã e Pinheiros, passando sobre o rio Pinheiros.
O projeto faz parte da Operação Urbana Faria Lima, prevista desde 1994, e teve um custo de R$ 41,9 milhões. Antes da construção, ciclistas precisavam atravessar pontes anexas à Marginal Pinheiros, enfrentando riscos no trânsito.