abril 19, 2024

Se tem uma coisa que hoje em dia representa o Brasil, é o doguinho caramelo. Futebol, samba, carnaval? Que nada! O vira-lata caramelo firmou seu espaço nas ruas do país inteiro, e agora, com toda sua simpatia, caiu nas graças do povo e virou nosso mascote oficial. 

Apesar de ter conquistado nosso coração, tanto os caramelos, quanto inúmeras outras variações dos vira-latas vivem em situação de rua. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20 milhões  de cachorros atualmente vivem nas ruas do Brasil.  

É muita coisa! Não conseguimos sair na rua sem nos deparamos com um cãozinho simpático perambulando pelas calçadas, e se tem uma coisa que todo mundo já deve ter parado para pensar é “parece que eles nunca ficam doentes.”

Quem tem um bichinho de estimação sabe como eles podem ser sensíveis, e de uma hora para outra, nos assustam com alguma enfermidade, mas os cães de rua parecem desconhecer esses problemas. 

Então será mesmo que os vira-latas são mais resistentes às doenças? Neste post, você vai descobrir!

Vira-latas: quem são eles? 

Que cachorros de rua são mais do que comuns, nós sabemos. Mas será que todos eles são vira-latas? 

Bom, a maioria, sim. Porém, também acontece de um cachorro de raça ser abandonado pelos seus responsáveis e morar nas ruas, mas como a cultura em relação aos cães de raça ainda é muito melhor, isso não acontece com tanta frequência. 

Então, quando não são desejados, os donos optam por vendê-los. O que não acontece com os vira-latas, que tem nas ruas o seu principal destino e abrigo. 

O fato é que quando dois cães de raças puras, mas diferentes, se cruzam, nasce um vira-lata, ou melhor dizendo, um SRD (sem raça definida). 

Portanto, se engana quem pensa que só é vira-lata, quem tem pai e mãe vira-latas. 

No caso do cachorrinho caramelo, há muitos anos de geração envolvidos, e assim como a maioria dos dos vira-latas, a distinção da mistura de raças é difícil, pois são provenientes de muitas e muitas raças há um bom tempo. 

Os vira-latas possuem mesmo mais resistência a doenças? 

De certa forma, sim. Mas é preciso analisar alguns pontos. 

A Lei do Mais Forte 

Vamos compará-los conosco, seres humanos. Quantas vezes já ouvimos falar “deixa se sujar, é bom para pegar anticorpos” ou coisa parecida? 

E sim, passar por certas situações não tão limpinhas e agradáveis, é bom para criar resistência. Um bebê, por exemplo, faz coisas que adultos certamente não fariam, como colocar objetos na boca, comer comida do chão e outras situações que deixam os pais de cabelo em pé. 

E apesar da preocupação, essas situações podem ser benéficas à saúde, a famosa “vitamina S”, de sujeira, porque realmente existem germes e bactérias que ajudam a fortalecer nossa imunidade. 

Agora imagine um vira-lata que vive na rua e o tanto de coisa que eles enfrentam desde que nascem. Frio, fome, mudanças de temperatura, maus-tratos e os perigos que as ruas oferecem.  

Isso sem contar a alimentação, que tem como base apenas lixo e sobras, dormir em lugares nada higiênicos, enfim… muito diferente do que um cão de casa, não é? 

É assim que entra a “Lei do mais forte”. 

Então, assim como moldamos nosso corpo pra ele ser mais resistente, os cães vira-latas fazem o mesmo. Eles involuntariamente se tornam mais resistentes, pois diariamente lutam para terem o mínimo para sobreviver. 

A genética 

Esse é outro ponto a ser considerado. Muitos cães de raça sofrem com doenças genéticas e alguns são ainda mais propensos a essas doenças do que outros, principalmente aqueles que existem por conta das tentativas de “criação” de raças puras. 

A anatomia de certas raças, como o Pugs, também os tornam mais suscetíveis às complicações, como úlcera na córnea e a encefalite. Desse modo, a genética influencia o aparecimento de doenças. 

Já os vira-latas, por serem a mistura de muitas raças diferentes, as doenças genéticas acabam “se perdendo”, por assim dizer, entre as gerações, o que os torna menos propensos às complicações. 

Então os vira-latas nunca ficam doentes? 

Eles são incríveis, né? Mas (infelizmente) não são super-heróis invencíveis, e sim, podem ficar doentes. 

Mesmo que com menos frequência, os SRD ficam doentes, principalmente aqueles que vivem nas ruas. Por conta do lixo que consomem, enfermidades causadas por intoxicação não são raras. Complicações provindas de maus-tratos e ferimentos não tratados também acontecem. 

Fora isso, mudanças de temperatura causam doenças, e os vira-latas de rua sempre estão expostos à essa situação. 

Os idosos são os que mais sofrem, independente da raça ou da situação em que vivem. Nesse caso, até os vira-latas se tornam mais frágeis, e com isso, aparecem as doenças do coração, artrite, artrose, dificuldades na locomoção e visão. 

Com a idade avançada, esses cães já não têm mais a habilidade e imunidade suficiente para serem viris como os mais novos. A percepção e agilidade de sobrevivência diminuem significativamente. 

Cuide bem do seu cachorro

Apesar de serem mais resistentes, não quer dizer que os vira-latas podem receber um tratamento menos especial do que os cães de raça. 

Para o bem-estar e a promoção da saúde, todos eles podem e devem ter uma alimentação adequada e com muita qualidade nutricional, além de todos os cuidados que dão a eles conforto, segurança e uma vida sadia e feliz. 

Independente de raça, todos os animais necessitam de toda a atenção, alimentação, lazer, e muito amor e carinho. Não é a incidência de doenças que vai determinar os cuidados, mas sim, nosso nível de paixão por esses bichinhos! 

E se você tem um vira-lata, mesmo que não apresente nenhum sinal de doença, levá-lo até uma clínica veterinária para realizar um check up de rotina é muito importante! 

A prevenção é, e sempre será o melhor dos medicamentos. 

REDE NOTICIANDO

Siga nossas redes sociais e fique bem informado!

Receba em primeira mão nosso conteúdo através do nosso canal no Telegram.

Rede Noticiando — A serviço da informação!

Redação Noticiando

Equipe responsável pela produção de conteúdo do site Rede Noticiando.
Follow Me:

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *