Operador de trem envolvido em falha na Linha 1-Azul é demitido do Metrô de São Paulo
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM) informou por meio de nota que o operador de trem envolvido na ocorrência desta terça-feira, dia 22 de janeiro, que ocasionou a paralisação do serviço por cerca de 2 horas, foi demitido.
Segundo a secretaria, o funcionário descumpriu um procedimento orientado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e danificou um equipamento de via próximo à estação Jabaquara.
A circulação dos trens teve de ser paralisada entre as estações Jabaquara e São Judas para que os técnicos de manutenção pudessem atuar. Os ônibus do sistema Paese foram acionados e a circulação dos trens foi restabelecida às 09h12.
Confira na íntegra o que diz a Secretaria dos Transportes Metropolitanos:
”A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que determinou a demissão do operador de trem que ocasionou transtorno a milhares de cidadãos e trabalhadores na última terça-feira (22), paralisando a circulação na linha 1-Azul por aproximadamente 2 horas. Ele descumpriu procedimento orientado pelo Centro de Controle de Operações (CCO) do Metrô e danificou um equipamento de via próximo à estação Jabaquara por volta de 7h21 na última terça-feira (22).
Cabe salientar que os metroviários são regularmente treinados e que essa falha não condiz com a conduta da categoria, que transporta com responsabilidade e competência cerca 3,7 milhões de passageiros diariamente.
A operação teve de ser paralisada no trecho entre as estações Jabaquara e São Judas para que os funcionários da manutenção pudessem atuar na manutenção. Os ônibus do sistema Paese foram acionados. A circulação do trens foi plenamente restabelecida no trecho às 9h12 de terça-feira.”
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo comentou sobre o caso e classificou o ato como ”injustiça”.
Confira o que diz o sindicato:
”Como se não bastasse todos os ataques à categoria, a punição recente a um dos coordenadores gerais do sindicato, agora demitiu o Operador de Trem da L1, Joaquim José.
A Cia novamente descumpriu seu “código de ética”, que só serve para punir injustamente os trabalhadores. Antes mesmo de qualquer apuração sobre a ocorrência de ontem em Jabaquara, soltou nota em suas redes sociais dizendo que a culpa foi do Operador, na mesma nota disse que ocorreu falha de equipamento. Posteriormente afastou o metroviário para “apurar” algo que já estava sendo divulgado, ou seja, a empresa não teve ética nenhuma.
Pior, no dia seguinte demitiu por justa causa um operador com grande histórico positivo na Cia, já recebeu elogios pela sua atuação rápida e precisa, já recebeu homenagem, inclusive foi “ator” principal de ao menos uma reportagem na globo, onde aparece ele e toda a sua família, sendo os 3 filhos também metroviários, particularmente conheço apenas um deles e sei que é gente boníssima.
Mas para a direção da Cia não importa o histórico do trabalhador, somos apenas números. O governo do estado, quase 30 anos comandado pelo PSDB, só precarizou o sistema e as condições de trabalho para justificar a privatização, condição de trabalho esta, que está sobrecarregando cada metroviário e gerando um alto grau de estresse. A falta de investimentos, de contratações entre outras coisas, faz com que os metroviários trabalhem mais do que no limite.
A categoria está solidária ao OT [operador de trem] Joaquim José e esta sim reconhece sua história, seus 30 anos de serviços prestados com excelência e não se omitirá nesse momento, se mobilizará em prol do colega, reivindicando reintegração imediata.”
A categoria fará uma assembleia extraordinária no dia 28 de janeiro, para que o Metrô cancele a demissão do operador de trem, Joaquim José.
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