A estação Capão Redondo, da Linha 5-Lilás da ViaMobilidade entrou para o “top 10” das paradas mais lotadas da rede metroferroviário de São Paulo.
Quem mora no extremo-sul da capital paulista ou nos municípios vizinhos e precisam acessar a rede metroviária por meio da linha 5-Lilás, operada pela ViaMobilidade, no Capão Redondo sofre.
Uma reportagem do UOL falou sobre as dificultadas encontradas pelos passageiros no pico da manhã. A estação está prestes a completar 18 anos e nos últimos meses entrou para o top 10 das mais cheias do metrô paulistano. Um detalhe, ela é a única na periferia a alcançar esse “status” e também a única que não conta com conexão com outras linhas metroviárias, como é o caso da Estação Sé que abriga as linhas 1-Azul e 3-Vermelha.
Embarcam diariamente mais de 100 mil pessoas na Estação Capão Redondo, o número saltou drasticamente no final de 2018, quando a linha chegou as estações Santa Cruz e Chácara Klabin, se conectando as linhas 1-Azul e 2-Verde do Metrô.
No geral, o número de passageiros transportados por dia na linha quase triplicou, chegando a transportar 622 mil passageiros por dia.
Os reflexos desse aumento são sentidos diretamente pelos usuários, que relatam ter de esperar até 40 minutos para embarcar, e olha que no final do ano passado a ViaMobilidade concluiu no local, obras de adequação para melhorar o direcionamento do fluxo dos passageiros, ampliando áreas de acesso e melhorando o entorno da estação.
Na época, o governo estadual disse que as mudanças iriam contribuir para aumentar a fluidez no embarque e desembarque dos passageiros em até 40%.
Capacidade para 22 mil passageiros por hora
Segundo a ViaMobilidade informou à reportagem, a capacidade estimada de passageiros no local é de 22 mil. Capão Redondo tem filas que beiram o terminal de ônibus metropolitano anexo à estação para passar as catracas e ai sim, finalmente embarcar.
De manhã, a concessionária opta, por estratégia operacional, deixar apenas uma plataforma em operação no Capão Redondo. Viajar sentado partindo dali é uma tarefa quase que impossível, tendo em vista, que muitos passageiros que não conseguem embarcar nas estações seguintes, optam por fazer a chamada “viagem negativa”, retornando para Capão Redondo e daí sim, seguir viagem.
O aperto é tanto, que não vendedores ambulantes, comuns dentro das estações e trens do sistema metroferroviário, são vistos nos horários de pico da manhã na linha 5, eles optam por trabalhar em outros horários.
Vamos as soluções
Um professor de engenharia sugeriu à reportagem algumas soluções para ajudar no direcionamento do fluxo no local.
Segundo o o professor de engenharia civil e mobilidade urbana, Humberto Paiva, as alterações no local devem ser feitas “mais operacionais do que estruturais”.
Ele apontou que uma redução no intervalo entre um trem e outro ou ainda, mais composições em operação nos horários de pico, ajudariam a descarregar mais rápido a Estação Capão Redondo.
Hoje, a linha 5 conta com 17 estações, entre o Capão Redondo até a Chácara Klabin, e o trajeto no pico, sem alterações, é feito em até 40 minutos.
Ao todo são 25 trens em operação, de um total de 26 disponíveis. Essa oferta de trens poderia ser maior, se os oito trens da frota F já estivessem em operação.
No início deste ano, o Metrô de São Paulo informou que já repassou metade da frota F para a ViaMobilidade e que fica à cargo dela querer ou não utilizar os trens. Por sua vez, a concessionaria informou que pendências ainda estão sendo corrigidas nas composições.
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