Investir em um transporte menos poluente é a meta das empresas de ônibus da cidade de São Paulo para os próximos anos. Com uma frota de aproximadamente 15 mil veículos, somente 219 destes são de tecnologia não poluente.
Um marco da capital paulista, que gestão após gestão vêm perdendo espaço são os trólebus. A frota deste veículos atualmente é composta de 201 veículos, todos operados pela Ambiental Transportes, mas, no passado, o cenário era diferente e os trólebus circulavam por diversas regiões da capital, fazendo importantes ligações.
Mas, para os entusiastas desse tipo de ônibus, o futuro não é tão promissor quanto se imagina.
No novo contrato de concessão do serviço de transporte sobre ônibus aqui na capital, os trólebus estão inseridos no Lote AR0 do Grupo Local de Articulação Regional, cujo responsável é o Consórcio Transvida. Esse contrato não é específico da rede de trólebus, mas sim da concessão da área em que estão inseridas essas linhas.
Em nota ao Rede Noticiando, à SPTrans informou que ” a cidade conta com 168 km de rede aérea de trólebus operacionais. A implantação ou ampliação de rede de trólebus na Capital é considerada desfavorável, se comparada à introdução de uma frota similar movida a baterias, principalmente se forem considerados os prazos e custos envolvidos”.
Isso não significa, pelo menos neste momento, que o sistema de trólebus seja desativado. Pelo menos em curto prazo, é o que diz a SPTrans ao Rede Noticiando.
No início deste texto, falamos sobre a redução de emissões de poluente, com a implantação de veículos elétricos, mas, o futuro deve trazer para as ruas da capital os ônibus movidos a bateria. Na capital, segundo a SPTrans, temos 18 ônibus deste tipo em circulação pela TransWolff, operadora do extremo sul da cidade.
A SPTrans explicou ao Rede Noticiando que a inclusão de veículos menos poluentes previstos em contratos de concessão, não específica um tipo de tecnologia, ou seja, não obriga as empresas de ônibus a investir em trólebus, podendo procurar alternativas:
“O cronograma previsto em contratos de concessão aponta o percentual na redução de emissões de poluentes, independentemente do tipo de tecnologia veicular utilizada”.
Os trólebus são tidos como veículos que não possuem autonomia, já que boa parte de sua energia é gerada pelos cabos ligados a catenárias em rede aérea. Já os ônibus movidos a bateria são considerados veículos modernos, com autonomia e que podem operar em diversos itinerários, sem a necessidade de se instalar uma rede aérea, bastando “apenas’, a instalação dos pontos de recarga das baterias nas garagens, algo que também não é barato.
O maior em atividade
O Sistema Municipal de Trólebus de São Paulo é o mais antigo desta categoria de veículos no Brasil, tendo sido inaugurado em 1949. Atualmente é o maior em atividade no Brasil e em todo o Hemisfério Sul, operando atualmente com cerca de 200 veículos em 9 linhas (sendo duas temporariamente suspensas), todas elas operadas pela Ambiental Transportes Urbanos S. A. e gerenciadas pela São Paulo Transporte S.A..
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