Governo do RJ anuncia retomada das obras da Estação Gávea do Metrô

Projeto terá mudanças e estação deve ser entregue apenas em 2028
O governador Cláudio Castro assinou nesta quinta-feira (21) uma série de documentos para retomar as obras da Estação Gávea, da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, paralisadas desde 2015. A expectativa é que a nova estação seja inaugurada em 2028, com um atraso de 12 anos em relação ao prazo original.
Detalhes da retomada e desafios da obra
Segundo Rafael Machado Quaresma, presidente da Rio-Trilhos, a mobilização do canteiro começa imediatamente, e no auge da obra serão necessários 2,5 mil operários.
Atualmente, a estrutura escavada da estação está inundada com 36 milhões de litros de água, acumulados desde 2018 para manter a estabilidade do terreno. O primeiro passo será a retirada dessa água, um processo que pode levar seis meses. Em seguida, será feita a escavação dos últimos 60 metros de túneis, utilizando explosivos, para conectar a estação ao restante da Linha 4.
Após 18 meses de obras estruturais, serão implantados sistemas de operação, como cabos de energia, geradores e câmeras de monitoramento.
Mudanças no projeto original
A nova estação terá alterações significativas em relação ao plano inicial:
- Sem escadas rolantes: Passageiros precisarão utilizar elevadores para acessar as plataformas, localizadas 55 metros abaixo do nível da rua.
- Acesso ao Shopping da Gávea eliminado.
- Sem conexão direta com toda a Linha 4: Passageiros precisarão fazer baldeação em São Conrado para acessar algumas estações, como Antero de Quental e Jardim de Alah.
- Tatuzão não será reativado.
Investimentos e prorrogação da concessão
Para viabilizar o projeto, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em que a operadora Linha 4 Rio transferirá a operação para o Metrô Rio. Em contrapartida, o Metrô Rio investirá R$ 600 milhões na obra e terá sua concessão prorrogada por mais 10 anos, até 2048.
O governo estadual também destinará R$ 97 milhões ao projeto. Sem as mudanças, o custo total da intervenção ultrapassaria R$ 1,3 bilhão.