Condutores de ônibus em São Paulo vivenciam os desafios da acessibilidade no transporte público

Nesta terça-feira, 12 de junho, a São Paulo Transportes (SPTrans) em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, realizou o evento “Inversão de Papéis – Desafio da Acessibilidade”.

Motoristas de ônibus viraram passageiros e fizeram uma viagem no transporte público simulando a rotina de idosos e pessoas com deficiência. O objetivo da ação era proporcionar essa experiência nos motoristas e aumentar a sensibilização dos condutores, além de melhorar o atendimento ao público.

A atividade contou com a participação do secretário de Mobilidade e Transportes e do presidente da SPTrans.

Treinamento de motoristas de ônibus em São Paulo
Motoristas de ônibus em SP vivem um dia de pessoa com deficiência (Foto: SPTrans)

“Esse evento é fundamental para o exercício da cidadania, pois a pessoa com deficiência precisa ser tratada com respeito e se sentir incluída no transporte público. Colocar essas dificuldades em evidência é importante para que cada um de nós se torne um facilitador nesse sentido, especialmente os profissionais envolvidos com as operações dos ônibus”, afirmou o secretário.

Um dos participantes foi Valdecir do Prado (Val Prado) que atua há pouco mais de 20 anos como motorista e instrutor da Viação Campo Belo, que opera na Zona Sul de São Paulo. Para simular as limitações de um idoso por volta dos 80 anos de idade, ele usou o transporte público vestindo um traje especial que pesa 25 kg, além de um óculos que bloqueava totalmente sua visão.

“Senti muita dificuldade para subir no ônibus, e com as escadas de maneira geral. Ao passar por isso, fica claro que precisamos fazer de tudo para facilitar o embarque dos passageiros”, afirma.

O traje que simula as limitações de um idoso foi confeccionado pelo próprio Val Prado com matérias de bancos de ônibus que seriam descartados. “Usamos esse equipamento no treinamento com nossos motoristas, para que todos possam ter essa experiência”, ressalta.

O evento que inicialmente fazia parte da programação do Maio Amarelo, foi reagendado em razão da paralisação dos caminhoneiros, teve o apoio da empresa Autopass e foi realizada no Memorial da Inclusão.

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