Atraso na unificação de contratos pode adiar obras da estação Gávea
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Estudos devem durar até abril e podem impactar cronograma da construção
Os estudos para a unificação dos contratos das Linhas 1, 2 e 4 do Metrô do Rio de Janeiro podem se estender por mais dois meses, com previsão de conclusão apenas em abril. Com isso, as obras da estação Gávea devem sofrer um novo atraso. A informação foi obtida pela BandNews FM.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), contratada pelo Governo do Estado do Rio por R$ 3,2 milhões no ano passado, é responsável pela elaboração dos documentos. O atraso na repactuação do contrato ocorre devido à falta de informações completas fornecidas pela Secretaria de Transportes e pelo MetrôRio, o que estendeu os estudos por mais um mês.
Nova concessão e impacto nas obras
O novo contrato prevê que a Linha 4 passe a ser operada pelo MetrôRio, que deverá investir R$ 600 milhões na retomada da construção da estação Gávea. Como contrapartida, a concessionária terá a extensão do contrato por mais dez anos, até 2048.
Após a autorização, será analisada a situação do buraco de 35 metros de profundidade, onde será feita a retirada da água inserida para evitar danos estruturais nos túneis. O trecho será reduzido, operando apenas até a estação São Conrado, diferente do projeto original.
O Governo do Rio estima que a conclusão da estação Gávea levará três anos e sete meses. Inicialmente, a retomada das obras estava prevista para o final de 2024, mas o prazo já foi adiado várias vezes.
Críticas e incertezas sobre o projeto
Para o vice-presidente da Associação de Moradores da Gávea, Rene Hanseclever, a situação reflete um descaso do governo.
“A Secretaria de Transportes desmarca reuniões constantemente e não cumpre os prazos prometidos. A população se sente desrespeitada com a falta de transparência”, afirmou.
Na última segunda-feira (19), a Secretaria se reuniu com a FIPE e o MetrôRio para acertar as últimas pendências. Há possibilidade de finalização do contrato em breve, mas o documento ainda precisa passar pela Procuradoria-Geral do Estado antes da assinatura.
Até o momento, a Secretaria de Transportes não se pronunciou sobre o adiamento do cronograma.